A retomada de investimentos e o crescimento do setor industrial, em especial, são sinais importantes de melhora da economia. Essa recuperação se dá em um quadro internacional muito positivo, o que, por si só, já diferencia essa crise das anteriores pelas quais o país passou.
Baseado em uma palestra do Embaixador e ex-Ministro da Economia Rubens Ricupero, realizada na FAAP, em Ribeirão Preto, listei 6 sinais que podem ajudar a fazer essa leitura positiva do momento vivido pelo país:
1 – Crescimento Mundial – O crescimento mundial é superior ao de 2016 e está distribuído entre diversos continentes. Países da Europa, da África e da Ásia, além dos EUA, ilustram isso. Em uma economia como a do Brasil, onde o setor primário responde pela maior parte do PIB, esse cenário internacional aquecido pode impulsionar o crescimento. Com isso, valorizam-se os preços dos produtos primários e a exportação tende a aumentar proporcionalmente. Nesse sentido, a exportação demonstra sintomas de crescimento pelo aumento de vendas e não apenas pela redução da importação.
2 – Saldo em comércio e déficit em conta corrente muito pequeno
3 – Crescimento chinês – A China deve crescer este ano em torno de 6,5%, tornando-se um cliente importante para a safra agrícola brasileira. Em 2016, houve uma quebra significativa no setor. Este ano, a previsão é bem positiva, e o país deve se recuperar. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) projeta uma produção recorde de soja, com 101 milhões de toneladas. Deste total, 60 milhões são destinados ao mercado chinês.
4 – Inflação baixa – O impacto do preço da soja e do milho – com safras muito positivas – podem contribuir para reduzir a inflação, abaixo dos 4,5% projetados pelo governo
5 – O impacto do FGTS – A liberação do saque das contas inativas do FGTS vai beneficiar 10,2 milhões de trabalhadores. Os cerca de R$ 30 bilhões injetados à economia representam uma espécie de 14° salário, aumentando diretamente o consumo e reduzindo o endividamento.
6 – Indústria aquecida – Ao menos três aspectos indicam a retomada da indústria:
Aumento da produção e da venda de papelão enrugado (material utilizado para produção de caixas que abastecem em especial a indústria);
Aumento do consumo de energia (embora possa ser um reflexo de questões meteorológicas, também é afetado pelo uso corporativo);
O índice de evolução da produção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), alcançou 44,2 pontos em janeiro, alta de 3,5 pontos em relação a dezembro. O indicador do número de empregados subiu 1,3 ponto, atingindo 46 pontos.
A maioria dos economistas acredita que o crescimento econômico este ano será menor que 1%. Mas existem correntes que apostam que a economia pode nos surpreender. Não sou economista, mas prefiro ter uma expectativa positiva a respeito do assunto.
Sim, os fatores políticos podem influenciar, mas ainda acredito no poder da iniciativa privada. Neste momento de incertezas e instabilidades, ser otimista, reinventar-se olhando a inovação como fator de diferenciação, profissionalizar a gestão e entender que a mudança não depende apenas do governo são fatores que podem alavancar negócios e ajudar de forma concreta a fortalecer a economia brasileira.
Que tal, vamos lá?
Jornalista especializado em Marketing e comunicação. Com mais de 12 anos de mercado, tem experiência em gestão e formação de times multidisciplinares (marketing, comunicação e prospecção), planejamento e coordenação de eventos, campanhas publicitárias e promocionais para mercados complexos B2B. Atualmente é Gerente de Desenvolvimento de Negócios e Marketing do Sage X3 no Brasil.
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