Você pode até não gostar dos produtos da Apple ou da personalidade de Steve Jobs, mas é inegável que o criador de uma das empresas mais ricas do mundo foi revolucionário em muitos aspectos. Em cada detalhe, ele revelava traços da cultura da sua empresa e você pode perceber isso até mesmo descobrindo lições nos emails de Steve Jobs.
Um dos muitos emails enviados pelo executivo tornaram-se de públicos durante um processo nos Estados Unidos, de forma que não houve nenhuma violação da sua correspondência. Abaixo, reproduzimos, em inglês, um email enviado por ele para um executivo da HarperCollins e publicado pelo site Inc. O assunto em si não importa muito aqui, mas sim a estrutura da construção, a objetividade e alguns detalhes que podemos observar.
James,
Our proposal does set the upper limit for ebook retail pricing based on the hardcover price of each book. The reason we are doing this is that, with our experience selling a lot of content online, we simply don’t think the ebook market can be successful with pricing higher than $12.99 or $14.99. Heck, Amazon is selling these books at $9.99, and who knows, maybe they are right and we will fail even at $12.99. But we’re willing to try at the prices we’ve proposed. We are not willing to try at higher prices because we are pretty sure we’ll all fail.
As I see it, HC has the following choices:
Regards,
Steve
A primeira coisa que podemos observar é que Jobs utiliza o nome do destinatário no início da mensagem. Isso pode até parecer óbvio para você, mas muitos se esquecem de adicionar esse pequeno detalhe e respondem a mensagem de forma direta e objetiva, mas impessoal. Para criar uma relação de empatia, a primeira coisa a se fazer é chamar o seu interlocutor pelo nome.
Atenção especial para as pessoas que têm nome difícil. Se não tiver certeza de como escrever, pesquise e encontre um local onde o nome da pessoa esteja escrito corretamente. Ninguém gosta de receber uma mensagem e ver o seu nome escrito de forma errada. Isso denota falta de atenção por parte de quem envia o email.
Novamente, a dica aqui é para que você preste atenção nos detalhes. Note que na mensagem de Jobs ele cita alguns valores nos itens 1 e 2 listados. Esses valores mencionados ali são precisos e não aproximados. Se você vai mencionar números, procure ser o mais preciso possível e, se for o caso, mencione a fonte de onde eles foram extraídos.
Não sabemos quanto tempo ele levou para compor essa mensagem, mas o ponto-chave é: faça as coisas no seu tempo e, seja lá qual for a informação a ser transmitida, garanta que ela vai chegar ao destinatário de forma clara e precisa, sem achismos ou suposições.
O email acima está escrito em inglês, mas não há erros de grafia ou concordância. Gramaticalmente está tudo correto, e disso podemos presumir duas coisas: para não cometer erros, ou Steve Jobs tinha um bom domínio da língua ou então antes de enviar o email ele revisava as mensagens.
E é justamente isso que você deve fazer, principalmente em assuntos importantes. Quando estamos escrevendo uma mensagem, em especial no corpo do email, não há corretor ortográfico para verificar, palavra por palavra, o que está certo e o que está errado. Erros acontecem, mas uma simples revisão pode ajudar você a encontrá-los. Faça isso sempre.
Não confunda intimidade com informalidade. Nas comunicações empresariais, na dúvida, mantenha sempre o tom cordial nas mensagens, como pode ser visto na despedida do email. A mensagem “regards”, que em tradução direta seria algo como “cordialmente”, é formal o suficiente para não deixar dúvidas.
Deixe os “abraços” e “beijos”, tão comuns às comunicações entre pessoas que se conhecem bem, em segundo plano. Não há problema algum em receber ou escrever cumprimentos dessa forma, mas se você estiver conversando com alguém que não conhece muito bem ou que não conhece pessoalmente, prefira uma maneira mais polida e cortês a uma alternativa mais informal e afetiva.
Neste email, Steve Jobs precisa convencer o destinatário de que a estratégia da Apple é vantajosa para a HarpenCollins, a única dentre as 4 maiores publishers que ainda não tinham fechado negociação com a proposta Apple para vender eBooks no lançamento do iPad em 2010. Note que Jobs primeiro descreve qual a intenção da Apple, em seguida explica quais são as razões que sustentam os argumentos desta intenção, para então finalizar com um exemplo comparativo com o competidor, a Amazon.
Por último ele ainda enumera, de uma maneira visual muito prática de ler, quais são as opções da HarpenCollins de acordo com a tomada de decisão que eles viriam a tomar em sequência. Ou seja, ele não é agressivo e nem conclui o pensamento do executivo, mas o induz a refletir e chegar à conclusão óbvia do que a Apple oferece é pertinente. Simples, direto, mas extremamente objetivo e rpático.
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