Quando se fala em logística, o primeiro pensamento que vem à mente está relacionado ao conceito tradicional da palavra. Ou seja, o planejamento da armazenagem e distribuição dos produtos, avaliando qual é o mecanismo mais eficiente. Recentemente, o blog trouxe a ideia da Amazon de efetuar entregas com drones.
No entanto, outra questão precisa ser pensada pelas empresas do Brasil: a chamada Logística Reversa. Por meio dessa iniciativa, inverte-se a lógica da produção tradicional (das fábricas para as residências), visando diminuir a quantidade de resíduos gerados e, mais do que isso, dar uma destinação adequada a eles.
O meio ambiente é o principal beneficiado com a medida, pois existe redução na quantidade de itens recicláveis que podem ser reaproveitados. Além disso, as próprias fábricas podem se beneficiar do processo, criando novos produtos ou utilizando como matéria-prima em muitos casos.
Fato é que, ao contrário da logística tradicional, conseguir fazer o ciclo se fechar definitivamente de forma organizada é um desafio ainda maior por alguns motivos:
– Ao contrário da entrega de produtos, quando estão concentrados em um armazém ou centro de distribuição, eles se encontram espalhados pelo país. E o transporte tem um grande peso na logística empresarial, tornando o processo caro.
– O tempo decorrido entre a venda e o retorno do produto pode ser bastante longo, incluindo um novo aspecto a ser planejado pelas fábricas.
– Há conflito de responsabilidade em muitos casos, pois a cadeia da logística reversa envolve o consumidor, o varejo e os distribuidores até chegar ao fabricante.
– Os custos podem ser grandes, especialmente se não houver uma adequação de todas as partes.
– As condições de devolução: o produto é perigoso? Qual o estado da embalagem? Como retornar produtos líquidos?
– É possível reaproveitar o produto ou incluí-lo em um processo de reaproveitamento? Como isso será feito? Há necessidade de investimentos?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, do Ministério do Meio Ambiente, buscou incluir essas exigências para alguns tipos de indústrias, como agrotóxicos, pilhas, pneus, óleos lubrificantes, entre outras, em 2010. Houve um tempo prévio para planejamento e adequação das estruturas até 2014, quando todas as fábricas contempladas pela lei deveriam se adequar à situação.
No entanto, em boa parte desses setores, ainda existe a necessidade de acordos setoriais para efetuar esse tipo de prática, visto que diversos entes estão envolvidos nos processos, como os consumidores e varejistas. Se uma empresa busca estar em linha com todas as obrigações legais, é preciso averiguar se a logística reversa deve fazer parte do dia a dia e ser incluída nos processos do dia a dia.
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