A Indústria 4.0 está no radar da maior parte das empresas, como indica uma pesquisa conduzida pela Deloitte, a “Agenda 2017”. Trata-se da quarta frente tecnológica prioritária para as companhias – atrás da análise de dados, internet das coisas e cyber security. Apesar de estar no radar de muitas empresas, quatro em cada dez empresas do país ainda desconhecem totalmente o termo “Indústria 4.0”.
Um dos maiores impactos previstos pela implantação desse modelo de negócio – também chamado de quarta revolução industrial – está na customização ou personalização de produtos. Com o avanço da tecnologia e da ligação com os sistemas de gestão, será possível que uma indústria adapte o seu processo produtivo, tornando as fábricas capazes de personalizar produtos conforme as preferências do cliente.
O conceito de manufatura prevê a fabricação de uma grande quantidade de produtos de forma padronizada. Ou seja, estabelecem-se processos, que são respeitados a fim de manter a qualidade e o controle sobre a produção.
A personalização sugere uma mudança (quase uma quebra) de paradigma – fabrica-se em escala e de forma personalizada. Em vez de produzir sempre da mesma forma, ajusta-se o processo para que a personalização seja obtida e se atinja o resultado buscado pelo cliente. A tecnologia é fundamental, pois os sistemas precisam estar interligados às máquinas, permitindo que cada equipamento ou operador tenha conhecimento do que deve ser feito.
Nesse sentido, novos dispositivos que permitam grande flexibilidade e uma produção enxuta e ágil serão diferenciais desse processo de customização. A possibilidade de personalizar vai depender da habilidade para configurar as máquinas e respeitar as especificações exigidas pelos consumidores, em uma espécie de manufatura avançada.
Em um universo de competição acirrada, as empresas que conseguirem aliar tecnologia e processos para personalizar produtos estarão um passo à frente em seu segmento – já que os consumidores esperam, cada vez mais, obterem produtos pensados exclusivamente para eles.
Além da tendência de aumentar a eficiência na produção, a companhia vai conseguir oferecer um valor adicional aos seus produtos, transformando a experiência do consumidor.
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